Foto: Bruno Cantini / Clube Atlético Mineiro / Divulgação
VILLA FOI UM BOM TESTE DE RESSACA DE CARNAVAL E PRÉ LIBERTA!
Por Eduardo Madeira
05/03/2017
E o Villa Nova foi um bom teste para o Galo antes do início da Libertadores.
A verdade é que o jogo foi “pós” e “pré”. Foi “pós” Carnaval e dada uma dose de até desinteresse do time alvinegro na partida, parecia mesmo um evento de “ressaca de Carnaval”. E “pré” porque na 4ª feira o Atlético estréia na Liberta.
Visivelmente o time não deu tudo o que podia. E quer saber? Não deveria mesmo se esforçar tão mais que isso diante do contexto.
O Villa Nova foi um bom treino de luxo, pois simulou o que devemos enfrentar na 4ª feira: um time fechado, jogando para contra-atacar no erro do Galo. Mesmo em seus domínios, os argentinos do Godoy Cruz sabem da tradição e qualidade alvinegras, somando-se a isso o fato de não terem feito sequer uma partida oficial no ano, pela desorganização do futebol argentino, que vive sérios problemas políticos.
Uma das boas notícias do jogo foi que temos realmente um treinador: insatisfeito com a atuação do time, Roger Machado sacou o volante Yago e colocou Cazares, abrindo mão do esquema com 3 volantes, ainda no 1º tempo. Como é bom perceber, a cada dia, que Roger vai se tornando grande técnico de futebol.
O Leão do Bonfim teve boa atuação defensiva, fechando os espaços e o Galo quase não teve chances. E ainda abriu o placar em escanteio aos 41 minutos, gol marcado por Felipe Augusto.
Sorte a nossa que temos um centroavante “atirador de elite”, aquele que precisa de apenas 1 chance para colocar a bola LÁ DENTRO: Fred empatou de cabeça na única chance que teve aos 44 ainda na primeira etapa: 1 a 1! Como diz a arte do meu amigo André Fidusi: “o Fred é chefe, né, pai?!”.
Veio o 2º tempo e, apesar da mexida de Roger, o Galo seguia desarrumado em campo, sem um protagonista de armação. O time não achava o melhor posicionamento e por várias vezes o meio de campo era um buraco, com Cazares, Otero e Robinho abertos pelas pontas e sem ninguém centralizado.
Entraram Rafael He-Man Moura para preservar Robinho para 4ª feira e Ralph no lugar de Danilo. E Ralph de novo entrou com personalidade fechando bem os espaços. Começou bem o garoto! He-Man tem entrosamento com Fred, mas não recebia a bola, dada a dificuldade de armação do time, somando-se ao desinteresse estilo “ressaca de Carnaval”.
O Galo só faria o gol da vitória num lampejo de qualidade individual. E veio aos 38 minutos. He-Man abriu para Cazares, que fez o “facão”, invadindo a área, tabelou com Fábio Santos e cruzou rasteiro para Otero fazer o bonito gol coletivo da vitória do Galo: 2 a 1! LÁ DENTRO!!!
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O time atleticano parecia confiar na qualidade individual para decidir o jogo. E foi essa qualidade dos jogadores que decidiu a partida, na jogada coletiva que parecia de futebol de salão e com o lampejo de Cazares.
Como eu disse antes, o Villa Nova foi um bom “simulador” para o jogo de 4ª feira na Liberta. Foi um bom treino de luxo. O jogo mostrou que nosso técnico pode mudar o time ainda no 1º tempo se as coisas não estiverem bem. Robinho, voltando de contusão, ganhou mais 65 minutos em campo e completou a preparação para a Liberta. Ninguém machucou. O time tem deveres de casa táticos a corrigir.
Eu prefiro assim. Melhor que atropelar o adversário e todo mundo achar que está tudo perfeito. Time campeão chega no auge na hora certa, não antes da hora!
Agora começa o campeonato que nos “libertou”. Bora com força total! Mas sem esquecer o Brasileiro, que particularmente quero até mais que a Liberta, no momento.
Apesar do jogo mostrar que ainda precisamos de um armador central para reforçar o elenco (precisamos também de mais um zagueiro bom), este grupo do Galo é muito forte e tem ótimo potencial sim de título da Liberta!
EU ACREDITO e TORÇO CONTRA O VENTO!
Um abraço,
Eduardo Madeira