Foto: Bruno Cantini / Clube Atlético Mineiro / Divulgação
A BASE MOSTROU O QUE É RAÇA: APRENDAM, TITULARES!
Por Eduardo Madeira
26/06/2017
“Lutar, lutar, lutar, com toda a nossa raça pra vencer” – esse é o refrão mais conhecido do Hino do Galo e que mais representa a Atleticanidade. E foi através da raça, principalmente, que os reservas e meninos do Atlético conseguiram a primeira vitória Alvinegra na história desse confronto na Arena Condá contra a Chapecoense.
Vários analistas da bola acham que o “faltou raça” é reduzir demais o campo de diagnóstico quando o time não vence e eu estou com eles. Existem motivos táticos, técnicos, psicológicos e circunstanciais que influenciam um resultado de jogo de futebol. Inclusive o tal do “correr errado”, que acontece quando um time não está encaixado taticamente, se esforça muito mas isso não fica didático ao torcedor.
Ontem, o cenário não era animador no duelo para o Galo contra a Chape, em plena Arena Condá, onde o maior Verdão do Brasil é muito difícil ser batido. O Atlético levara um time praticamente todo reserva – no que eu não concordo, pois preferia um time mesclado – e ainda perdeu o goleiro Giovanni antes do início da partida e o zagueiro Rodrigão com 3 minutos de jogo. Maldosos diriam que eu gostei da não entrada de Giovanni, por não ser fã do futebol do goleiro (*risos*). A verdade é que eu não lamentei muito, apesar de não torcer para o jogador se machucar. Inclusive porque seria a chance de ver o tão badalado goleiro da base Cleiton numa “prova de fogo” em jogo do time principal – e porque Giovanni mostrou ser um goleiro comum e que não é confiável na hora H!
Uma pena o garoto da base Rodrigão logo aos 3 minutos ter uma contusão muscular na posterior da coxa esquerda logo em uma rara oportunidade como profissional. Foi comovente o choro do menino que recebera uma chance de ouro. Mas, por outro lado, entrou em campo o que viria a ser o melhor jogador da partida: Gleison Bremer. Zagueiro campeão da Copa do Brasil Sub 20. Ganhou todas pelo alto, por baixo e com ótimas antecipações. Gigante em campo!
Era um jogo atípico, mas do meio pra frente, o Galo tinha qualidade sim. Valdívia, Otero, Marlone e He-Man tem sim qualidade, ainda que não sejam protagonistas de rotina. A defesa Atleticana seria a maior preocupação. E por isso mesmo, a turma formada por Cleiton, Yago, Matheus Mancini, Gleison Bremer e Leonan mandaram muito bem! Superaram as dificuldades com muita raça e sem inventar!
Na volância, Roger Bernardo mostrou muita utilidade, jogando sério e fazendo o “volante para brisa” que limpa o que vê pela frente. Rafael Carioca foi bem também. O que irrita no Carioca é que ele sabe jogar bola, tem muita qualidade. Mas falta-lhe mais garra, mais entrega em alguns momentos. É isso que incomoda o Atleticano. Volante pode ser bom o que for, mas tem que marcar e ter raça primeiro e essas 2 coisas são deficientes no Carioca. Que inclusive falhou como capitão ontem, ao não pressionar o árbitro João Batista de Arruda, conivente com a violência do time da Chapecoense, assim como a Rafael Moura.
Na praticamente única chance clara no jogo, o Galo marcou o gol da vitória aos 11 minutos do primeiro tempo. Golaço coletivo. Yago – vem crescendo de produção a cada jogo – entregou a Rafael Moura e o He-Man, de pivô, fez ótima abertura a Valdívia. O Poko Feio, na linha de fundo, fingiu que ia cruzar, fintou o marcador e cruzou perfeito para Marlone testar LÁ DENTRO! 1 a 0 Galo!
Gol que narrei assim com meus amigos da jornada de futebol da 98.
Veja também o gol com nossa narração! Uma parceria com o canal do You Tube Atlético Mineiro Videos. Clique AQUI para acessar o canal!
A Chape pressionou o jogo praticamente todo. Uma pressão como poucas vezes vi no futebol. O goleiro menino Cleiton errou em 3 saídas na primeira etapa – coisa normal para um garoto. E cresceu no 2º tempo! Dando ainda a sorte em alguns lances – coisa que um goleiro campeão precisa ter – diferente de alguns goleiros “chama-gol” por aí.
No fim, a vitória na raça! Pode faltar tudo no Galo, menos raça! Ouviram, Carioca, Robinho e companhia?
Esses meninos da base mostraram o que é raça! Aliás, esses caras cantando o hino após cada batalha vencida mostram a essência do que é ser Atleticano: um lutador!
O Atleticano é um cara nem sempre talentoso no seu ramo de atuação, mas é um guerreiro que busca na garra conquistar o que quer!
Parabéns, a todos! Especialmente a Cleiton, Yago, Gleison Bremer, Rodrigão, Leonan, Matheus Mancini (que não veio da base mas mandou bem ontem) e Marquinhos! Vocês mostraram que podem até não vingar no profissional! Mas tem brio, raça, vontade de vencer!
O Galo é raça! Parabéns, base guerreira!
Um abraço,
Eduardo Madeira