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A MASSA DEU SHOW E GIOVANNI EVITOU O PIOR. PACIÊNCIA COM ROGER E MAIS VONTADE SÃO NECESSÁRIOS AGORA!

Foto: Bruno Cantini / Clube Atlético Mineiro / Divulgação

A MASSA DEU SHOW E GIOVANNI EVITOU O PIOR. PACIÊNCIA COM ROGER E MAIS VONTADE SÃO NECESSÁRIOS AGORA!

Por Eduardo Madeira

02/02/2017

No primeiro clássico entre Galo e Raposa de 2017, prevaleceu sobretudo a festa maravilhosa da torcida dividida. Quando atleticanos e cruzeirenses começaram o duelo “no grito”, foi sensacional! Clássico de “raiz”! Ô saudade da tal torcida dividida. Foram 20.792 atleticanos e 18.648 cruzeirenses e uma renda líquida de mais de R$ 400 mil para cada lado.

Não vi nenhuma notícia de violência, nem nos arredores do estádio, nem nos bairros. Comportamento exemplar que nos credencia a continuar tendo clássicos com torcida dividida. E, convenhamos, clássico tem que ser é no Mineirão e com torcida dividida, com raras exceções.

Claro que a torcida dividida só aconteceu pela falta de apelo da Primeira Liga e as Diretorias tendem a voltar a jogar com torcida única ou 10% visitantes. Mas o bom comportamento dos torcedores e bom lucro do jogo aos dois lados favorecem a possibilidade de mais clássicos assim.

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Sobre o jogo, ficou barato para o Galo. Giovanni fez duas defesaças e salvou o time de levar um 3 a 0.

O Cruzeiro se fez valer de ter praticamente todos os jogadores à disposição, maior entrosamento de um trabalho que vem desde o meio do ano passado com o bom técnico Mano Menezes. Só falta o meia Thiago Neves e ele deve entrar no lugar de Alisson (que machuca tanto quanto o Guilherme “bunda”).

A Raposa pressionou a saída de bola do Galo e ganhou, com isso, a maioria dos lances. O Cruzeiro tinha aproximação, tabelas rápidas e ultrapassagens. Mas, acima de tudo, tinha GANA DE VENCER.

O Galo entrou já inseguro em campo. O passe sempre demorava 1 segundo a mais, possibilitando ao rival chegar na marcação. Tentava evitar o chutão na saída de bola, mas o desentrosamento, os erros infantis de passe e a marcação pressão da Raposa entregavam a bola “de graça” aos celestes, que sobravam no jogo.

E o cartão de visitas do zagueiro Felipe Santana foi péssima. Já no início da transmissão de futebol da Rádio 98 FM BH, o repórter celeste Adroaldo Leal informava que o atacante Rafael Sobis orientava o atacante Arrascaeta a ir pra cima do zagueiro atleticano.

E Felipe Santana simplesmente entregou o 1º gol do Cruzeiro, numa péssima cabeceada para trás que deixou Arrascaeta livre para driblar Giovanni e marcar. Pixotada. O que se repetiu no 2º tempo onde tentou fazer o que não sabe, driblar o atacante e que só não resultou no 2º gol por incompetência do ataque celeste.

O zagueiro estava tão inseguro que brinquei, o chamando de “Welton” Felipe Santana, como me lembrou no intervalo do jogo o Lio Cardoso, da Web Rádio Galo, em alusão ao péssimo defensor Welton Felipe que passou pelo Galo nos idos de 2004.

Não pretendo continuar chamando o cara de “Welton” Felipe Santana nos próximos jogos. Pode ter sido um início ruim e ele pode se recuperar. Como Jemerson, que iniciou muito mal e depois se tornou um gigante da zaga. Que Felipe Santana se recupere deste “cartão de visitas” sofrível. Mas que se recupere rápido, pois na transmissão de futebol com humor da 98 FM os apelidos são marca registrada, como “Cata-guimba” Maicosuel, “Chefe da Área” Fred, “Urso da Academia” Pratto, “Josuéder Lopes” para Josué ou “Juan Nudes” Cazares, entre tantos exemplos.

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Só um jogador do Atlético foi bem: Giovanni. Mais ninguém. Cazares teve lucidez em alguns lances, mas precisa ser mais objetivo e diminuir a firula em alguns momentos. Clayton não foi o melhor do ataque porque jogou bem, mas porque Otero, Maicosuel e Pratto foram muito mal.

Veja os melhores momentos do jogo com a narração bem humorada da turma do 98 Futebol Clube. Uma parceria com o canal Caveira Azul do You Tube. Clique AQUI para acessar o canal.

Ao Galo falta um primeiro volante de presença defensiva, que se imponha pela marcação forte e porte físico. Pode até ser Roger Bernardo, mas se chegar só em Junho não resolve.

A verdade é que o Atlético não funcionou como time. Nem na defesa, nem do meio, muito menos no ataque. As bolas altas do Cruzeiro levavam perigo e os atacantes celestes sempre em vantagem sobre os zagueiros atleticanos.

Mas superior a qualquer questão tática e técnica, me incomodou a falta de marcação pressão do Galo para cima da Raposa quando perdia, mesmo mais para o fim do jogo. Manoel e Léo tocavam bola tranquilamente na defesa e só Lucas Pratto para tentar roubar a bola deles. Cadê a marcação pressão na saída de bola quando se precisa empatar o jogo, gente? Problema tático ou de ENTREGA? Não sei.

E quando finalmente Roger Machado colocou o Rafael Moura para tentar ao menos um “abafa”, os jogadores atleticanos preferiam virar jogo de lado a lado ao invés de cruzar a bola na área, quanta burrice!

O Cruzeiro não venceu só porque foi muito superior tática e tecnicamente, mas porque teve também mais VONTADE DE VENCER. O Atlético está precisando ter mais TESÃO em vencer o clássico! Exemplo disso foi a declaração de Fábio Santos na 3ª feira, que “o importante é ser campeão”. Tá faltando também o Galo entrar com mais GANA para ganhar do Cruzeiro. Já são 6 jogos sem vitórias sobre os celestes, que nos últimos jogos mostraram muito mais vontade de vencer o duelo. Nunca gostei de simplificar como “falta de raça” quando o time joga mal. Muitas vezes o desajuste é tático e o time corre “errado”. Mas está sim faltando mais entrega do Galo nos clássicos contra o Cruzeiro. Mascara não, Galo!

Mas há de se ter paciência com o trabalho do técnico Roger Machado. É início de um trabalho que tem conceitos muito diferentes dos aplicados nos últimos 7 meses de 2016. Não se ganha título grande trocando treinador a cada 6 meses. Especialmente quando se tem um com idéias novas. Meu único incômodo com Roger é não ter colocado o Rafael Moura antes, para tentar algo novo. Tirando isso, o clássico deixa vários deveres de casa para o técnico e mais didáticas as deficiências do time. Confio que Roger será um treinador que nos dará alegria, mas precisamos ter paciência com ele.

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Sobre elenco: continuo falando que falta um volante “pitbull”, um armador central e um zagueiro, todos para serem titulares.

Sobre o Cruzeiro, está montando um grande time, fato. Manteve o bom técnico, que teve a oportunidade de planejar desde o início e parece-me que vai sim brigar por títulos importantes esse ano.

No mais, a derrota por 1 a 0 para a Raposa neste momento pode até ser boa, se as lições ficarem didáticas para o treinador e a Diretoria. Melhor do que vitórias mentirosas que levam a conclusões erradas.

Eu acredito em Roger Machado. Eu acredito nesta Diretoria. Mas tem que ter paciência!

Um abraço,

LÁ DENTRO!

Eduardo Madeira