Foto: Bruno Cantini / Clube Atlético Mineiro / Divulgação
100 SOBERBA E COM REPERTÓRIO TÁTICO!
Por Eduardo Madeira
14/03/2017
O Galo conseguiu a 100ª vitória no “novo” Horto pós reforma e apesar da fragilidade do Tupi, ficaram boas perspectivas de futuro.
A partida atleticana já começou com golaço-galaço antes mesmo da bola rolar: os jogadores entraram com crianças portadoras da Síndrome de Down. Outro pontaço da Diretoria alvinegra. Se quem viu aquilo ficou emocionado, imagine os pais tão guerreiros dessas crianças especiais e elas mesmas, que lutam contra tudo e até si mesmas, às vezes!
Os bons ventos continuaram antes mesmo do apito inicial, a começar do repertório tático: o técnico Roger Machado acertou ao mudar taticamente o time do então 4-3-1-2 para o 4-4-2. Se há um momento para testar novas alternativas táticas é contra o fraco Tupi. O Galo Carijó de Juiz de Fora que nada lembra sua tradição de dar trabalho aos grandes e que foi o sparring perfeito para os testes do técnico atleticano. Saiu o volante Danilo e entrou Otero. Um 4-4-2 clássico, com Carioca e Elias na volância e a dupla Otero-Cazares na armação.
Independente das oportunidades táticas, o Galo ficou devendo POSTURA, GANA, RAÇA e INTENSIDADE a seu torcedor, pela péssima atuação contra o Godoy Cruz na estréia da Libertadores. E, de cara, se viu que as cobranças de torcida e Imprensa mexeram com o time, que entrou ligado e com “fome de bola”.
Nem o novo horrível primeiro tempo do zagueiro Felipe Santana conseguiu assustar quem viu o jogo. Nem o fato do maior zagueiro do elenco mal conseguir sair do chão e estar pessimamente colocado nas bolas altas. Pois o restante do time estava bem, com exceção do Fábio Santos, grande jogador, mas em má fase.
E, ao contrário dos difíceis duelos contra os times do interior das Gerais, o Tupi já começou facilitando as coisas para o Galo, marcando gol contra aos 11 minutos de partida. O segundo veio aos 14, depois de vacilo da zaga, bela roubada, arrancada e passe de Juanudes Cazares para o Pedalada Robinho inaugurar as redes em 2017, em gol com a assinatura de qualidade de quem saiu do antigo futebol de salão: 2 a 0!
Não! Não foi só a fragilidade dos juiz-foranos. Foi a maior vontade de mostrar bola do time, e nesse particular Cazares se destacou, pois teve entrega muito melhor e diferente da sua anterior displicência. Cazares atuou como o verdadeiro camisa 10. Foi o melhor em campo.
No 2º tempo, o aniversariante Gabriel marcou o seu belo gol. O grosso Felipe Santana finalmente entendeu, que, limitado, precisa dar bico para o lado e carrinho para diminuir a rejeição de torcida e imprensa. Entrou o CRAQUE DA TRANSPIRAÇÃO Luan, voltando de contusão! Como eu sou fã desse cara, um ídolo forjado na entrega, no brio, na vontade de vencer. Carioca foi muito bem, intenso e ligado no jogo.
E veio o gol que faltava para o Cirilo Atleticano deslanchar: a bola “melou” para Elias, na entrada da área e ele, sem nenhuma cerimônia, bateu de primeira com violência, em curva, do lado externo do pé! GOLAÇO-GALAÇO, como diriam meus amigos Félix (cinegrafista da TV Record) e Dudu Graffite Galo Doido!
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100ª vitória e construída sem soberba. Pelo contrário, com intensidade e transpiração. Com a melhoria do talentoso Cazares. Com a volta de uma melhor apresentação do craque Robinho, voltando de contusão. Com o retorno do ídolo da intensidade: Luan. Com o gol que pode dar a confiança que faltava a Elias, o Cirilo Atleticano. E com outra alternativa tática nascendo.
Agora podemos respirar um pouco aliviados e pensar que a apatia e falta de criatividade na Argentina foram exceções!
Bons ventos pela frente! Que venham, então, porque nós, atleticanos, gostamos é que o vento venha, para torcermos contra ele!
Um abraço a todos!
LÁ DENTRO!
Eduardo Madeira