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A SOBERBA HOJE TIROU 2 PONTOS. E CONTINUA DISTANCIANDO A TORCIDA DO TIME!

Foto: Bruno Cantini / Clube Atlético Mineiro

A SOBERBA HOJE TIROU 2 PONTOS. E CONTINUA DISTANCIANDO A TORCIDA DO TIME!

Por Eduardo Madeira

09/07/2017

Hoje, o Galo jogou bem 70% do tempo e controlou o Botafogo, no Rio, mas SOBERBA impediu a vitória Atleticana!

A SOBERBA é uma coisa que me incomoda. Impede que pessoas e times talentosos conquistem coisas grandes, nas empresas e no futebol.

Nas empresas, algumas pessoas talentosas deixam a desejar em pontualidade, humildade e trabalho em grupo. No futebol, as lições ficam mais didáticas ainda.

Hoje, a soberba presente no Galo desde a conquista da Libertadores 2013 voltou a aparecer. Só ganhamos a Copa do Brasil 2014 porque Levir Culpi identificou a bateu de frente com os soberbos (ídolos, mas soberbos) Ronaldinho, Réver, Jô e Tardelli pós conquista da América.

Em 2015 o Galo foi bem no Brasileiro, mas a soberba pós conquistas apareceu em vários jogos. Assim como em 2016, onde um time formado por “estrelas” ficou apenas em 4º lugar no Brasileiro. E continua ainda em 2017. Demonstração mais didática do que hoje, contra o Botafogo, impossível!

O final do jogo com a vitória parcial importante, mas magra, com o time perdendo gols no preciosismo, individualidade e soberba de Cazares e Robinho deu a impressão que o castigo viria. E veio: pênalti cometido no último minuto e empate amargo.

Ouça os Gols do jogo com a narração da turma do 98 Futebol Clube:

Antes de detalhar os erros, vamos rápido destacar as boas coisas do jogo: a volta de Marcos Rocha, a personalidade enorme do promissor Bremer e firmeza de Matheus Mancini. O bom jogo de Fábio Santos. Um ótimo jogo de Marlone, não só pelo gol.

Com um time perdendo um pênalti e um caminhão de gols, não dá para colocar o empate na conta do treinador Roger Machado.

Mas eu discordo de algumas decisões dele – que para mim não determinaram o empate. Com Robinho jogando NADA, Roger tinha a “desculpa” perfeita para tirar ele do time: descansá-lo. Eu não sei o motivo, mas Robinho jogou praticamente nada o ano todo, com exceção de poucas partidas. Tá mal demais! Pode ser que seja cansaço: a falta de piques no 2º tempo mostrou que o Pedalada tá cansado e não aguenta mais 3 jogos em 7 dias. Irritante a fase do Robinho. Tire ele do time, Roger. Nem que seja com a desculpa de descansá-lo para alguns jogos mais importantes.

Yago na direita para ajudar Marcos Rocha é uma tentativa válida, já que ali é uma avenida há anos. Mas faltou inverter Yago com Elias em alguns momentos do 2º tempo. Yago perdeu chances que Elias não perderia.

Rafael Moura perdeu um pênalti, batendo no cantinho, mas faltou força! O 2 a 0 aos 3 minutos do 2º tempo praticamente consolidaria a vitória.

Com Robinho mal, entraria quem? O elenco mau formado não tem um atacante novo, velocista e rabiscante. Valdívia e Otero são meias e estão também em má fase. Dane-se! Banco para Robinho, Roger! Nem que seja com a desculpa de descansá-lo. Mas teria o treinador colhão para tirá-lo do time? Passo a ter minhas dúvidas.

Este é um elenco de jogadores consagrados, que já ganharam praticamente tudo e esse é um dos problemas. Falta mais gente que precisa “se provar” no futebol, comprar sua casa, ajudar a família. É muita rede social, é muito marketing e pouca bola de uns.

Mas você acha que este elenco de boleiros experientes e consagrados vai respeitar a cobrança do Superintendente “novato” nos profissionais André Figueiredo? Duvido!

A soberba não é só do time. O número de lesões do time continua assustadora, apesar do também consagrado Carlinhos Neves. Não seria hora de trocá-lo?

Soberba também do presidente Daniel Nepomuceno que ficou praticamente 1 ano e meio sem Diretor de Futebol com a doença do campeoníssimo Eduardo Maluf.

E maior soberba ainda de um presidente que insiste em dividir o tempo sendo Secretário da Prefeitura de Belo Horizonte.

A falta de humildade do time e do presidente e em alguns momentos está distanciando a torcida do time. Hoje, nos distanciou da vitória. E desde 2015 vem nos distanciando dos grandes títulos.

Humildade, Galo!

Abraço,

Eduardo Madeira